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CONHEÇA A SIMBOLOGIA CARTAZ DO 12º ENPJ!

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1. ÍNDIA AMAZONA: a lenda das índias amazonas dizia que havia uma tribo de índias guerreiras chamadas de "icamiabas", a lenda conta que essas mulheres guerreiras retiravam um dos seus para manusear com destreza o arco e flecha e foram elas que deram o nome a Floresta amazônica e ao Estado do Amazonas.


2. CICATRIZ DO SEIO: na cicatriz do seio retirado está o corte da Seringueira, árvore que trouxe visibilidade para o Estado do Acre, sendo por muito tempo a principal fonte de economia, tanto na fase automobilística da Revolução Industrial quanto na Segunda Guerra Mundial com o bombardeiro dos seringais da Malásia pelas tropas japonesas. Assim o leite da seringa foi a seiva da vida para os povos da Amazônia, da mesma forma que o leite materno é a seiva da humanidade, simbolizado pelo outro seio, conotando a resistência feminina pela liberdade sobre o próprio corpo. Além disso, o corte da seringa representado na cicatriz, corresponde ao corte do "seringueiro ganancioso", posto que ele prejudica a produtividade da seiva pela planta podendo levar até a morte da arvore, temendo ao risco constante de degradação do bioma amazônico, onde a figura indígena na obra representa a própria espécie, a arvore da seringueira.


3. A LAMPARINA: a lamparina de lata e querosene é um objeto ainda utilizado pelos povos da floresta, simboliza justamente a luz do espírito que se ascende na escuridão da mata uma vez que o Espírito Santo se faz fogo, como no acontecimento de pentecostes. Na própria lata, está, se forma bem sutil, a bandeira do império do Acre fundado por Luiz Galvez, sendo a primeira tentativa de emancipação das terras acreanas anteriormente conhecidas como "tierras non descubiertas", pertencente ao governo boliviano, apesar da já maciça população brasileira no local vinda devido à grande seca que assolou o nordeste em 1915, retratada pelo livro "O quinze" de Rachel de Queiroz, dando início a fase histórica do primeiro surto da borracha que coincidia com o desenvolvimento da indústria automobilística da Europa e o declínio da produção de café do sul e do sudeste que se agravariam ainda mais com a queda da bolsa de valores de NY.


4. A ETNIA: os adereços e o grafismo corporal denotam que a indígena pertence a etnia "huni Kuin" (povo verdadeiro), também conhecidos como "kaxinawás", apesar do estigma da tradução literal desta última designação. ´W um atribuído aos Huni Kuin a etimologia da palavra "txai", núcleo central do tema, que pode significar "a outra metade de mim" ou "amigo mais que irmão".

5. OS GEOGLÍFOS ACREANOS: O grafismo huni kuin no desenho assume a forma dos geoglifos encontrados na região do Purus, baixo Acre (ombro direito da imagem), que até hoje os estudiosos se debruçam para descobrir o significado desses desenhos, sabendo, portanto, que foram marcas deixadas pelos povos encobertos pela floresta Amazônica. Trazer essa peculiaridade da região tem como intenção homenagear toda a história da humanidade e as suas impressões deixadas sobre a superfície da Terra.


6. YUBE NAWA AÍBU, a Jiboia Branca: de acordo com a mitologia huni kuin, a jiboia branca foi quem ensinou os mistérios da ayahusca aos indígenas da etnia representada, sendo símbolo da espiritualidade indígena, além de que, assim como na lenda em que se transforma em uma mulher muito bonita, na obra, a jiboia representa a dimensão espiritual da própria indígena. Dessa forma a cobra branca simboliza todas as religiões amazônicas, as genuinamente indígenas, bem como as fusões interculturais entre os povos andinos, indígenas, nordestinos e afro-brasileiros que deram origem a religiões própria como o Santo Daime, manifestação religiosa genuinamente amazônica.


7. TRÍPLICE FRONTEIRA:  o símbolo da Pastoral da Juventude está sobre o marco tríplice localizado na cidade acreana de Assis Brasil, divisa com a Bolívia e o Peru. De toda sorte, mais que as fronteiras, o enfoque está nos rios que compõe a bacia hidrográfica da região, posto que eles extravasam os limites políticos e geográficos entre os países, nos ensinando como devem ser todos os trabalhos pastorais da nossa matriz religiosa Católica, e é justamente nesse prisma que se encontra a universalidade da proposta cristã.


8. A INDÍGENA: a escolha da figura indígena como protagonista da obra fui justamente em referência a iluminação bíblica. O objetivo principal é trazer o debate a forma que nós, "homens brancos", acolhemos a cultura indígena como subcultura, de forma preconceituosa, ainda que os novos parâmetros constitucionais sejam inversos a esse modo de agir, pugnando pelo bom convivo e harmonia intercultural, dessa forma, questiona-se: "Será que a postura que nós assumimos em relação aos nossos compatriotas indígenas não é a mesma assumida entre o povo judeu e os samaritanos na época de Jesus?". Nessa perspectiva, o objetivo geral desse contato deveria ser justamente levar a promessa cristã a todos os povos sem discriminação cultural, assim como Jesus fez com a mulher Samaritana, que se encantou, não pela normalidade judaica, mas pela revolução espiritual cristã. E é nesse contexto que a guerreira hini kuin sustenta a lamparina com a chama da vida, trazendo luz a festa do Bem Viver.


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